Coincidindo com os seus primeiros 120 anos de existência ininterrupta, a Royal Enfield assinala um novo marco na história: a renovação total do seu icónico modelo Classic, que continua a manter o legado daquelas míticas motos do pós-guerra que revolucionaram o mercado pela segurança do seu funcionamento e pelo conforto, acrescentando um novo motor de 350 cc, mais eficiente, que partilha com a Meteor, um novo quadro de duplo berço e o estilo tradicional que sempre caracterizou a Classic.

A Classic foi um modelo que prestou homenagem a um modelo histórico da Royal Enfield: a G2 350 de 1948. Esta moto representou uma viragem histórica na produção em série, já que, pela primeira vez, se empregava um braço oscilante suportado por dois amortecedores no trem posterior, abandonando o, até então habitual, braço rígido com o assento para o utilizador suportado por molas. Obviamente, esta revolução na indústria da moto trouxe importantes vantagens na segurança, conforto e comportamento; imediatamente depois, todos os fabricantes do mundo adotaram esta tecnologia.

A Classic surgiu no mercado europeu em outubro de 2008, coincidindo com o 60º aniversário deste grande passo evolutivo, movida por um motor derivado daquela G2 com a cilindrada de 500 cc. No mercado doméstico indiano comercializou-se um ano mais tarde, mantendo a cilindrada original de 350 cc. A mecânica de origem G2 adaptou-se com sistemas de injeção eletrónica e chegou a cumprir com a diretiva anti emissões poluentes Euro 4, mas, com a chegada do Euro 5 em 2020, a Royal Enfield decidiu terminar a comercialização deste modelo na Europa: a arquitetura do motor, com árvore de cames no cárter, não permitia continuar a sua evolução para ser mais eficiente e fazer frente aos, cada vez mais exigentes, níveis das normas anti emissões. Nos seus 12 anos de vida, a Royal Enfield produziu nada menos que 3 milhões de unidades do modelo Classic.

É então que a Royal Enfield se propõe a renovar a fundo o modelo Classic e continuar a sua lenda. Uma renovação que continua a incorporar as tradições, a elegância e a vertente artesanal do passado na moda britânica, com um design intemporal caracterizado pelo seu depósito em forma de lágrima, guarda-lamas metálicos envolventes e curvos, e farol integrado numa estrutura que conta com uma pequena viseira e dois focos dedicados à luz de presença, de ambos os lados da sua parte superior.

O coração desta completamente nova Classic 350 é o mesmo motor que se estreou recentemente na Meteor. Um motor que mostra exteriormente a tradição desta marca histórica, mas que, por dentro, esconde a mais recente tecnologia: veio de equilíbrio contrarrotante com a cambota para evitar vibrações, uma árvore de cames à cabeça, embraiagem leve, seletor preciso e injeção eletrónica a cargo da casa alemã Continental. Um motor refinado e eficaz que pulsa com completa suavidade, entregando a sua potência consoante os requisitos do utilizador e com um subtil ronronar de tom grave a ser emitido pelo escape.

O novo motor estreia também um robusto quadro de duplo berço (antes era de berço simples), criação da britânica Harris Performance, o especialista no desenvolvimento de quadros que também tem colaborado com a Royal Enfield nas suas últimas criações. A contribuição da Harris faz-se sentir numa moto de desenha as curvas com trajetórias firmes e seguras, transmitindo ao utilizador uma total confiança e estabilidade. O novo quadro de duplo berço é acompanhado por umas suspensões bastante melhoradas; à frente, a forquilha telescópica de 35 mm deu lugar a uma de 41 mm, mantendo o curso da roda em 130 mm, enquanto atrás se mantém o mesmo esquema de dois amortecedores, aumentando-se o curso da roda traseira até aos 88 mm. As jantes de raios continuam a ser um sinal de identidade do novo modelo Classic 350; além disso, conservam os diâmetros de 19 e 18 polegadas (à frente e atrás, respetivamente), mas calçando pneus de maior largura: 100/90 e 120/80. O crescimento dos componentes da sua parte ciclística também se estendeu aos travões, adotando no trem dianteiro um grande disco de 300 mm de diâmetro (antes era de 280 mm) com pinça flutuante de duplo pistão, enquanto no traseiro de recorre a um disco sobredimensionado de 250 mm (antes era de 240 mm) com pinça flutuante de pistão simples. Os elementos de travagem foram fornecidos pela ByBre (segunda marca da Brembo) e ficam completos com um sistema de anti bloqueio de dois canais assinado pela firma alemã Bosch.

A área da ergonomia também teve muita atenção no desenvolvimento desta nova Classic 350, não só por um posicionamento do triângulo poisa-pés-assento-guiador que permite uma condução de passeio com as costas erguidas, mas também por um confortável assento com forma de sela de montar dotado de generoso amortecimento, que garante a total ausência de fadiga em viagens de longo curso. Ao assento do condutor é acrescido um assento independente e desmontável para o passageiro, igualmente confortável e dotado de um pequeno encosto no seu extremo posterior.

Não podia faltar no seu painel de instrumentos um velocímetro com mostrador analógico e o tradicional ponteiro. A este instrumento acrescenta-se um discreto, mas funcional ecrã LCD, que integra o nível gráfico de combustível, odómetro e parcial, e indicador de condução económica ECO.

Como já vem sendo habitual nos modelos da Royal Enfield, a Classic 350 beneficia de uma ampla e exclusiva coleção de acessórios originais, para personalizar a moto ao gosto do seu proprietário e torná-la única.



A nova Classic 350 começará a ser distribuída na rede de pontos de venda Royal Enfield em Portugal e Espanha em três versões: Classic Halcyon (PVPR 4.989€), Classic Dark (5.089€) e Classic Chrome (5.189€).