Com a crescente popularidade, a conversão dos mercados à oferta de veículos elétricos, com alguns casos de modelos com baterias modulares que podem ser trocadas, a adaptabilidade do mercado negro veio criar a necessidade de obter baterias destes veículos através de meios menos convencionais, ou legais.
E foi exatamente isso que aconteceu em Milão, onde 12 pessoas foram detidas por roubarem baterias de scooters elétricas. Depois, seriam desmanteladas ou recondicionadas para venda a novos proprietários incautos, que necessitam de novas baterias para os seus veículos elétricos.

Entre os anos de 2020 e 2021, estimam-se que tenham sido roubadas cerca de 700 baterias, por estas 12 pessoas, que já têm choques com as autoridades por roubos e por atividades relacionadas com drogas.
Este processo iniciou-se quando a firma City Scoot, de partilha de scooters, reportou o roubo de cerca de 600 baterias em 2020, com o custo unitário a rondar os 1000€, neste caso apenas estamos a falar de um total de 600 000€.
Com a maioria das baterias a poderem ser adquiridas apenas nos fabricantes, este produto é bastante especifico e de alto grau de complexidade, exigindo programação e software bastante avançado para serem reconhecidas pelo produto com o qual emparelham.
O que faz com que este tipo de crime seja feito com algum grau de preparação, uma boa organização e conhecimento técnico para conseguir ultrapassar a segurança destes sistemas.

E com o aumento deste tipo de veículos nas nossas estradas, será necessário medidas adicionais de segurança para salvaguardar estes componentes.