A Kawasaki Heavy Industries, um ramo do conhecido fabricante japonês, separou-se da casa mãe em outubro de 2021. Apesar da separação, continuam unidos na procura de combustíveis alternativos capazes de equipar os seus modelos no futuro.
No caso da Kawasaki Heavy Industries, o caminho passa por assinar um Memorandum of Understanding, com o gigante da aviação Airbus, com o objetivo de desenvolver o sistema de abastecimento de hidrogénio do Japão.
Com o objetivo de implementar uma infraestrutura de abastecimento de raiz no país, com este parceiro vai passar pelas mãos da Kawasaki o desenvolvimento de centros de abastecimento de hidrogénio de aeroportos.
De acordo com a presidente da Airbus do Japão, Stéphanie Ginoux, estão bastante contentes por ter esta parceria com o principal fornecedor de hidrogénio do Japão, e acredita que o hidrogénio tanto aplicado em combustíveis sintéticos ou mesmo como o combustível principal para a aviação comercial, tem o potencial para reduzir significativamente o impacto ambiental deste meio de transporte, com objetivos para a descarbonização até ao ano de 2050.

A parceria entre estes dois pesos pesados das respetivas industrias parte da partilha de informação acerca das características, exigências energéticas das frotas, e consumos de operações em terra. A Kawasaki tem a cargo a construção da infraestrutura e logística da distribuição nos aeroportos.
Motohiko Nishimura responsável da divisão estratégica de hidrogénio da Kawasaki, considera que este combustível, que não emite CO2 quando consumido, é o mais sustentável para este tipo de uso. Esta divisão é também especializada no desenvolvimento da infraestrutura de liquefação, transporte e armazenamento de todo o processo desde a génese ao consumidor final, e afirma que toda esta tecnologia criará o que chama de Estrada do Hidrogénio.
Alem da relação com a Airbus, a Kawasaki tem também um projeto em conjunto com a Yamaha, na construção de motores movidos a hidrogénio. Se a Kawasaki Heavy Indistries conseguir estabelecer com sucesso uma plataforma estável de fornecimento deste tipo de combustível, é sem dúvida uma boa noticia para que no futuro aconteça o mesmo no meio automóvel.