A Transalp original, introduzida em 1986 com um motor V-Twin de 583 cm³, é uma lenda. E, como prova da qualidade pura da sua construção e do caráter eterno do seu design, hoje em dia ainda se avistam muitas dessas motos nas estradas da Europa.
Naquele tempo, este era um modelo crossover suave e confortável, capaz de lidar com terrenos mais acidentados, graças à suspensão de longo curso e dinâmica off-road leve. Por volta do ano 2000, a cilindrada subiu para 647 cm³ e, para a última versão em 2008, esta era de 680 cm³, a moto tinha então também injeção de combustível e um peso em ordem de marcha de 214 kg.

Desde que a Transalp saiu das linhas de produção, o segmento Adventure expandiu-se enormemente. A Honda lançou a soberba CB500X, um modelo adventure muito compacto, compatível com carta A2, numa gama encabeçada pela CRF1100L Africa Twin dual purpose e pela versão de longo alcance, a Africa Twin Adventure Sports. Quer isto dizer que havia espaço no setor de média cilindrada da gama adventure da Honda para um modelo que atraísse clientes com um conjunto diferente de aspirações aventureiras.
A XL750 Transalp inspira-se na moto original e é ideal para viagens de turismo longas, bem como circular na cidade – e tudo o resto no interior. Este modelo sente-se igualmente à vontade nas passagens alpinas ou nas pistas irregulares. E acrescenta à fórmula um motor de altas performances, um design totalmente novo e o tipo de equipamento de alto nível que os condutores modernos exigem.

O design da Transalp projeta uma sensação inconfundível de turismo de aventura num conjunto soberbo na estrada. A postura ereta é uma forte indicação das intenções adventure deste modelo; as carenagens e o pára-brisas trabalham em conjunto para fornecer proteção contra o vento mas sem o volume associado. A aparência geral é elegante, simples e esbelta.
O motor reúne grande parte das novas “proezas” tecnológicas da Honda num espaço pequeno e de respostas fortes em toda a gama de rotação – exatamente o que é necessário para viagens a solo ou a dois. Esta nova unidade bicilíndrica paralela da Honda, com 755 cm³ (partilhada com a também nova CB750 Hornet) debita 67,5 kW de potência máxima e um binário forte em toda a faixa de rotação, com um valor máximo de 75 N·m. As configurações refinadas do sistema Throttle By Wire (TBW) de acelerador eletrónico dão um caráter mais de turismo e conforto ao motor.


As cabeças Unicam de oito válvulas, são derivadas da CRF de competição e são muito compactas, com entradas descendentes de ar e conduta de fluxo Vortex para garantir a combustão ideal. A cambota a 270° oferece elevadas sensações e é plena de caráter. Os sistemas eletrónicos de ajuda à condução são cortesia do sistema de acelerador eletrónico (TBW) e incluem 5 modos de condução, 4 dos quais contêm combinações predefinidas de potência do motor, efeito travão-motor, ABS e sistema HSTC de controlo de tração variável, com função anti cavalinho (Wheelie) integrada. O 5º modo “User” permite que o condutor defina a sua própria combinação preferida.
A maneabilidade é leve, ágil e inspira confiança. O quadro de aço tipo diamante é leve graças à otimização da espessura e rigidez das paredes/tubos. Para a maior flexibilidade na estrada e para a melhor absorção de impactos fora de estrada, a suspensão é de qualidade superior: à frente temos uma forquilha invertida (USD) Showa de 43 mm SFF-CA e atrás há um monoamortecedor que trabalha numa biela Pro-Link. As duas pinças de dois êmbolos fornecem potência de travagem eficiente, e os pneus – 90/90-21/150/70-18 à frente e atrás – oferecem a melhor versatilidade dentro ou fora de estrada.


A lista de especificações é muito completa e é encabeçada por um painel de instrumentos TFT a cores de 5 polegadas, onde podemos ver todas as informações de todos os sistemas e geri-los de forma muito simples, incluindo a conectividade do sistema HSVCs para dispositivos Android e IOS. Toda a iluminação é de LEDs; os piscas têm cancelamento automático e também incluem a tecnologia Emergency Stop Signal (ESS) para alertar os outros utilizadores da estrada sobre quando a Transalp está em travagem de emergência.
Está disponível uma variedade de acessórios, incluindo um sistema quickshifter, bagagem rígida ou não rígida, para além de equipamentos rally/touring e melhorias cosméticas, numa gama pronta para satisfazer todas as preferências do proprietário (veja a lista completa abaixo: 4. Acessórios


A XL750 Transalp de 2023 vai estar disponível em três opções de cores muito bonitas, incluindo, é claro, uma bela versão Tricolor em homenagem à XL600V original, marcando assim o retorno de um ícone.
– Cinzento Metalizado Mate Iridium
– Preto Metalizado Mate Ballistic
– Branco Tricolor Ross

Os instrumentos compreendem um painel TFT a cores de alta visibilidade com 5 polegadas, que mostra a velocidade/rpm de 4 formas – 3 estilos analógicos de conta-rotações e 1 por barra – conforme as preferências do condutor – para além de indicadores do nível do combustível, consumo, modo de condução selecionado e parâmetros do motor, mudança engrenada e indicação personalizável no conta-rotações para engrenar outra mudança. A gestão é feita pelo ecrã e pelos botões do punho esquerdo.
Também incorporado no interface da Transalp, o sistema HSVCs (Honda Smartphone Voice Control system) liga o condutor ao seu smartphone Android durante a condução, oferecendo uma gestão por comandos de voz das chamadas telefónicas, mensagens, músicas e ainda do sistema de navegação. Algumas das funções do HSVCs também estarão disponíveis para Smartphones IOS. É necessário usar um capacete com altifalantes e microfone (headset) e o smartphone liga-se ao painel de instrumentos via Bluetooth. A utilização do Sistema de Controle de Voz também é possível usando os botões do punho esquerdo.
Para simplificar e miniaturizar todo o sistema elétrico, a Transalp usa uma rede CAN (Controller Area Network – CAN) juntamente com uma unidade BCU (Body Control Unit – BCU). Esta unidade BCU está localizada na trave esquerda do quadro, debaixo do depósito e processa coletivamente os sinais de controlo – do modulador do ABS, ecrã TFT e interruptores.
Todas as luzes são de LEDs. Os piscas traseiros têm uma função de sinalização de travagens de emergência (Emergency Stop Signal – ESS). Com o veículo à velocidade mínima de 56 km/h, a aplicação de qualquer um dos travões que provoque a deteção de um valor mínimo de desaceleração de 6,0 m/s² faz piscar as luzes de emergência, alertando os condutores que seguem atrás para a travagem de emergência. À mesma velocidade, o limiar é reduzido se o ABS for ativado para uma aceleração negativa de, no mínimo, 2,5m/s2.


Os piscas também têm função de cancelamento automático; em vez de um temporizador simples, o funcionamento é por comparação das diferenças de velocidade entre a roda dianteira e a roda traseira: é efetuado um cálculo do momento de cancelamento dos piscas em relação à situação de condução.

Para mais informações pode consultar o site oficial da Honda.