A Honda, em parceria com o fabricante automóvel General Motors, anunciou os próximos passos na sua investigação sobre células de combustível de hidrogénio, outro indicador de que a energia de uma bateria não é a única opção de propulsão amiga do ambiente no futuro.
O hidrogénio é o elemento mais abundante no universo e não requer qualquer exploração mineira prejudicial ao ambiente, e mais importante, tem quase três vezes mais a densidade energética do que os combustíveis fósseis.

Quando é obtido pela eletrólise da água utilizando energia renovável como a dos painéis solares, é completamente neutro em carbono, produzindo apenas água como produto secundário de combustão, para além de electricidade abundante numa célula de combustível.
A meta da empresa é ser neutra em carbono em todas as suas operações até 2050 e verá a introdução da sua célula de combustível desenvolvida em conjunto com a GM no próximo ano. O modelo, a ser lançado no Japão e na América do norte, será baseado no SUV híbrido CR-V, com o foco da Honda a ser os veículos de quatro rodas e os veículos de construção de maiores dimensões. No entanto, as suas descobertas poderão ajudar outras empresas a tentar levar a tecnologia para o mundo das duas rodas.

O maior inconveniente com o hidrogénio é idêntico ao que encontramos no gás, requer demasiado espaço no veículo para ser prático. O fabricante indiano TVS, que fabrica 2.5 milhões de motos de baixa cilindrada por ano, também tem planos para aderir à tecnologia do hidrogénio, onde apresentou uma patente em Julho do ano passado para uma scooter com duas baterias removíveis.
Com cada vez mais fabricantes de duas rodas a procurarem a viabilidade do hidrogénio, e a apresentarem protótipos reais com maior frequência, é justo dizer que uma versão final poderá chegar num futuro próximo.