A scooter desportiva premium mais famosa do mundo foi renovada para este ano. Desde 2001 a Yamaha já vendeu mais de 350.000 unidades da TMAX, e a versão destas páginas simboliza a oitava geração do modelo japonês. Fomos até Valência conhecê-la, em específico na versão Tech Max, a mais requintada das TMAX.

TEXTO: FERNANDO NETO / FOTOS: YAMAHA
Com mais de 350.000 unidades já vendidas desde 2001, 85% delas na Europa, a TMAX é um dos modelos mais desejados no velho continente, especialmente em França, Itália Espanha, países onde esta super scooter (ou moto desportiva automática), é mais fácil de encontrar, especialmente nas grandes cidades mas também em muitas boas estradas de montanha ao fim de semana. Isto porque, desde sempre, a TMAX foi planeada para oferecer mobilidade com qualidade e requinte, mas também com muita emoção, dentro e fora da cidade. E um dos dados mais interessantes deste modelo é que 40% dos possuidores de TMAX voltam a comprar uma geração seguinte, o que revela bem a legião de fãs orgulhosos que esta automática consegue gerar.O ano passado foi lançada uma versão especial referente ao 20º aniversário, repleta deste êxito, enquanto este ano a aposta foi ainda mais forte, especialmente na mais luxuosa versão Tech Max, já que nos últimos anos foram as versões mais equipadas e caras as mais procuradas pelos clientes Yamaha.

Ciclística e equipamento
Estes dois aspetos, juntamente com a ergonomia e qualidade da condução foram bastante trabalhados para esta geração. Mas também houve características que se mantiveram,como o tradicional quadro em alumínio ou o motor bicilíndrico paralelo de 562 cc capaz de debitar 35 kW de potência e 55,7 Nm de binário. Mas agora temos também jantes mais leves em alumínio forjado que reduzem em 10% a inércia na frente e 6% na traseira, onde estão montados novos pneus Bridgestone Battlax Scooter SC2. Ainda na ciclística suspensões receberam novas afinações e a aerodinâmica foi melhorada através de um novo pára-brisas que reduz a pressão (regulável de forma elétrica na Tech Max), sendo também novo o guiador em alumínio forjado, agora chegado um pouco mais à frente e para baixo.O assento também mudou ligeiramente a sua forma, e o pequeno apoio lombar no assento do condutor é agora ajustável em 3 posições. Além disso, as plataformas para os pés estão um pouco mais espaçosas e existe um bloqueio no descanso central que tornará este modelo mais seguro, até contra os amigos do alheio.

Tecnologia
Na vertente mais tecnológica, o sistema smart-key foi simplificado nesta geração e encontramos agora uma nova instrumentação TFT de 7 polegadas, com vários temas de fundo e que é totalmente controlada através dos comandos onde está instalado agora um botão joystick de 5 vias que gere tudo: pára-brisas, aquecimento dos assentos e punhos (naTech Max), e tudo o que está relacionado com a conetividade com o smartphone viabluetooth. E aqui, juntamente com o sistema específico de comunicação no capacete será possível gerir a música, as mensagens, as chamadas e até o estado do tempo através da App MyRide. Quanto à navegação, que poderá ocupar todo o TFT, para isso deverão fazer o download do respetivo sistema da Garmin.Importante não esquecer que a Tech Max destas páginas faz então a diferença por possuir ecrã ajustável eletricamente, cruise control, assentos e punhos aquecidos, o bloqueio no descanso central, suspensão traseira ajustável e comandos retroiluminados, além de estar disponível numa nova cor especial Dark Petrol, e em Power Grey. Quanto à versão base,está disponível em Extreme Yellow (como homenagem ao modelo lançado em 2001), Icon Blue e Sword Grey, com as duas versões a manterem o sistema de controlo de tração e dois modos de resposta de acelerador.

Acessórios
As novas TMAX podem ser também adquiridas com um Sport Pack (ecrã curto e alguns componentes de aspeto desportivo) ou com um Urban Pack de 34l ou de 45l, ou seja,ambos com uma top-case específica, com respetiva montagem e encosto. Além disso,muitos acessórios podem ser adquiridos individualmente, como por exemplo o novo conjunto de escape completo da Akrapovic (cumpridor das normas Euro 5). Também existe uma coleção de roupa casual específica, para ele e para ela, pelo que a Yamaha não deixou mesmo nada ao acaso com esta TMAX.

Em Valência
Faltou falar do design, que está mais moderno e afilado, com os respetivos LED, embora na minha opinião pessoal, não seja tão bem conseguido na dianteira como na versão anterior.A traseira, essa sim está bem agressiva de acordo com os padrões do modelo. A qualidade de construção, essa continua excelente, e o tato de todos os componentes e comandos é muito bom. Nota-se que agora é um pouco mais fácil colocar os pés no chão–mesmo se a secção frontal do assento continua um pouco larga devido ao motor e ao compartimento para o capacete–mas esta será sempre uma scooter desportiva! Clara melhoria é o espaço para os pés, que fomos apreciando enquanto saíamos da cidade de Valência, ainda com opiso molhado e com o qual tivemos de lidar durante toda a manhã. Nessas condições esta TMAX oferece um feeling excelente, devido ao equilíbrio total entre toda a ciclística:quadro, braço-oscilante, suspensões, travões e pneus. Especialmente as suspensões que,sendo ainda durinhas pareceram-nos menos secas que antes, oferecendo uma leitura de piso e uma confiança tal que poucas vezes sentimos em motos com uma tradicional caixa de velocidades, mesmo em segmentos desportivos. Os pneus Bridgestone são muito bons em todas as condições, assim como o tato das manetes e do acelerador. Neste aspeto, começámos por rodar no modo T até que as condições de aderência melhoraram, pelo que no modo S a diversão foi ainda melhor, com acelerações e recuperações rápidas e entusiasmantes. Apenas é difícil dizer se a maneabilidade melhorou realmente com as novas jantes, o que só poderíamos ter confirmado se mudássemos no mesmo dia com o modelo da geração anterior.

De topo
A posição de condução, ligeiramente mais sobre a frente, também está no ponto, e quanto ao apoio lombar, agora regulável, depende muito do gosto e da estatura de cada um , mas nós colocámos o mesmo numa posição intermédia e gostámos. A proteção aerodinâmica é muito boa, sem causar qualquer turbulência em AE nem incomodando a visão na cidade.Aliás, subimos ligeiramente o vidro e assim ficou até ao final do dia. Também gostámos das informações e visualização do TFT, que parece inicialmente um pouco confuso mas rapidamente nos habituamos ao funcionamento do joystick. Em termos de conetividade,não testámos tudo na nossa moto mas do que vimos não existe nada a apontar.No final do dia, 173 km realizados e uma média global de 4,8 l/100, com estrada sempre molhada durante a manhã e seca à tarde, e em condições de temperatura diversas. Os pontos menos positivos foram poucos: preço, espaço debaixo do assento e a altura deste ao solo para pessoas mais baixas ou menos experientes. Tudo o resto é muito, muito bom, mas tal como se costuma dizer, a qualidade paga-se! E num momento em que tantas marcas falam (demasiado, por vezes) de tecnologia, conetividade, etc, é bom saber que a Yamaha Continua a não prescindir de todo a qualidade e prazer de condução que sempre foram apanágio deste modelo. Vida longa à TMAX e que venham muitas mais gerações desta grande scooter.
Yamaha TMAX Tech Max | |
MOTOR | bicilíndrico paralelo, 4 válvulas, refrigeração líquida |
Cilindrada | 562 cc |
Potência | 35 kW (47,5 cv)@7.500 rpm |
Binário | 55.7 Nm @5.250 rpm |
CAIXA | automática CVT |
QUADRO | dupla trave em alumínio |
Depósito | 15 L |
Suspensão dianteira | forquilha telescópica invertida, curso de 120 mm |
Suspensão traseira | monoamortecedor, curso de 117 mm |
Travão dianteiro | 2 discos de 267 mm, ABS |
Travão traseiro | disco de 282 mm, ABS |
Pneu dianteiro | 120/70R15 |
Pneu traseiro | 160/60R15 |
Distância entre eixos | 1575 mm |
Altura do assento | 800 mm |
Peso | 220 kg |
P.V.P. | 14.395 € |



