Apesar de ter cedido o lugar à Ducati como fornecedor ao campeonato de MotoE, e depois de não ter tido o mais brilhante inicio devido a um incêndio catastrófico no paddock, a Energica não deixou que isso a demovesse.
Aproveitou a parceria em exclusividade para o campeonato MotoE, para recolher informação com ajuda das duas equipas Mavel e Reinova, para desenvolver os seus modelos de utilização em estrada, que são dos mais avançados que existe nesta gama. Aproveitou não só para desenvolver os modelos como também a sua distribuição e clientela.

Não deixando que a sua ausência do campeonato de MotoE de 2022 e de todos os dados recolhidos sejam fonte de trabalho em vão, decidiram criar a Energica Inside.
Um ramo da marca dedicado em fazer parcerias com construtores e startups que queiram evoluir os seus modelos para o segmento elétrico, e assim reduzir o tempo e custos de desenvolvimento que normalmente seriam bastante maiores.
De acordo com o diretor geral, com a mais de 10 anos de experiência, os constrangimentos e peripécias que as marcas encontrariam no desenvolvimento deste tipo de modelos, sendo projetos de raiz , seriam quase que eliminados, com a ajuda da Energica. Em todas as etapas começando com o desenvolvimento, design e até produção, a Energica esta disposta a disponibilizar o seu “know-how” até mesmo a outros mercados que não o do motociclismo.
Não seria a primeira vez que a Energica faria parcerias com outras marcas como a Dell’Orto e Reinova nos projetos E-Power e CEMP; onde a Dell’Orto recolhia dados nas pistas e desenvolveu sistemas de propulsão para mobilidade urbana de 2.5Kw (equivalente a 50cc) e 15Kw(equivalente a 125cc).
Com este historial de parcerias, não é de estranhar também o facto de ter colaborado não só fora das pistas como mesmo fora de terra, passando para o ambiente marítimo onde com a Italiana Sealence, adaptou a sua tecnologia para uso em alto mar, onde viriam a desenvolver um sistema electrico-solar e hidrogénio, para sistemas de propulsão de Iates de alta potencia.


Por isso, apesar de ter cedido a sua posição para a Ducati, não significou uma estagnação da marca uma vez que continua a ser a líder de mercado na industria, onde cada vez mais marcas estão a fazer a transição para sistemas eléctricos.