Os motores das motos têm sido construídos com uma série de desenhos diferentes, desde monocilíndricos, bicilindricos, em linha, transversal e longitudinal, V-Twin, V-3, V-4, V-5, V-6, V8, rotativo, a dois tempos e quatro tempos e mesmo a diesel.
Mas também houve alguns motores que atingiram um estatuto quase mítico, utilizados exclusivamente para corridas ou para a produção de motos de estrada. Variando entre um e oito cilindros, estes são os motores que têm alimentado a nossa paixão durante 123 anos.
Bicilindrico Triumph – 1938 -1983

O motor bicilíndrico Triumph de Edward Turner não foi o primeiro motor deste tipo a ser fabricado pela Triumph. Em 1934, o 6/1, concebido por Val Page, tinha chegado, mas era pesado e não era particularmente potente. O desenho de Turner, por comparação, era compacto e leve, produzindo 27 cv a partir de 500cc. A chave para o sucesso do novo motor, era o facto de, externamente, se parecer muito com um motor monocilíndrico.
A segunda guerra mundial chegou antes de os concorrentes da Triumph conseguirem reagir, e por isso, após o fim da guerra, a Triumph teve um avanço de cinco anos. Foi sobre isto que construiu o enorme sucesso durante os anos 50 e 60. O motor foi aumentado primeiro para 650cc e mais tarde para 750cc, com os consequentes aumentos de vibração.
Monocilindrico Norton Manx 500cc – 1947 – 1962

Durante décadas, o humilde motor monocilíndrico foi a base da produção britânica de motos e isto inclui também as motos de corrida. A empresa disputou todas as corridas de TT da Ilha de Man desde o primeiro ano em 1907 até aos anos 70, e antes da chegada das motos de corrida da Gilera e da MV Agusta em meados dos anos 50, as 500cc e as 350cc Norton dominavam as corridas a nível nacional e internacional. A Manx registou a sua última vitória no Grande Prémio da Jugoslávia de 1969, a última vitória de 500cc GP para um motor monocilíndrico.
Moto Guzzi V8 – 1955 – 1957

Embora a Moto Guzzi seja predominantemente conhecida pelos seus motores horizontais monocilíndricos e transversais bicilindricos, a empresa certamente não teve medo de diversificar. Em 1955, a Guzzi produziu um motor V8 de 500cc para o Grande Premio do Campeonato do Mundo.
Com um peso de apenas 44.9 kg, produzia 79 cv às 12.000 rpm. Alcançou os 275 km/h em corrida, que seria 20 anos mais tarde, ultrapassado. O principal problema para a Guzzi, contudo, era que o motor estava muito à frente da tecnologia dos pneus, travões e da suspensão, o que impedia o desenvolvimento do conjunto da moto.
Honda Super Cub C90 – 1958 – Hoje

Os japoneses podem ter chegado tarde ao fabrico de motos, mas quando chegaram, tiveram um impacto único e dominador. As primeiras provas foram dadas na Honda Super Cub que, na altura em que foi produzido já tinha vendido mais de 120 milhões de unidades. Logo desde o ínicio, a Super Cub mostrou a obsessão de Soichiro Honda pelo motor a quatro tempos, enquanto os seus rivais japoneses apostavam nos motores a dois tempos.
Na altura, a tecnologia a dois tempos não era muito fiável. O motor da Super Cub era montado em baixo na zona dianteira da moto e agarrado ao quadro e não ao braço oscilante como em outros modelos de scooters. O que lhe ofereceu uma boa distribuição de peso, o que ajudou no manuseamento. A transmissão era semi-automática de três velocidades, que não necessitava de alavanca de embraiagem enquanto ainda incluía uma alavanca de mudanças de pé. A principal característica do motor era a sua resistência. O sucesso da Super Cub permitiu à Honda desenvolver novos modelos e lançou as bases para a empresa que é hoje.
Honda 250cc Six – 1966 – 1967

Na década de 1960, os fabricantes japoneses estavam a gastar enormes quantidades de dinheiro a desenvolver motores de corrida cada vez mais exóticos. Insatisfeitos com as unidades de 500cc em linha de quatro cilindros, existiam motores de 250cc e 350cc de quatro cilindros, e incrivelmente motores de 50cc de dois cilindros faziam 18.000 rpm e poderiam alcançar os 160 km/h numa moto de corrida. Mas a Honda realmente impressionou com o seu motor de seis cilindros em linha de 250cc.
A Honda estava a ser pressionada pela concorrência da Yamaha e da Suzuki com os seus motores a dois tempos e esta foi a resposta da Red Team. 66 cv às 17.000 rpm foi suficiente para dar a Mike Hailwood o título mundial de 250cc em 66 e 67. Uma versão de 297cc deu o título de 350cc em 1967. Mais tarde os limites de números de cilindros da FIM em cada classe e os motores de 250cc foram retirados do Mundial.
péssima e fraca a reportagem! que absurdo.