No ano em que regressa à quase desabitada zona raiana, garantia de uma edição sem trânsito, por paisagens muitas vezes inóspitas, o 24.º Portugal de Lés-a-Lés reforça o estatuto de grande aventura de descoberta nacional.
Chegando aos mais remotos pontos do mapa lusitano, e passando mesmo para lá da fronteira, com Travessias que darão outro colorido e ainda mais motivos de interesse ao evento organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal, e que viu, este domingo, desvendados muitos dos pormenores em concorrida Apresentação Oficial na Figueira da Foz.
De 9 a 12 de junho, cerca de 2000 moto-turistas ligarão Faro a Bragança, com paragens em Castelo de Vide e Covilhã, depois de um Passeio de Abertura de 45 quilómetros, no dia 9 de junho, entre o Centro Histórico, as praias e outros pontos históricos e paisagísticos do concelho farense, deverão cumprir longa tirada, de 460 quilómetros, até Castelo de Vide.

Na cerimónia que juntou muitos moto-turistas no Malibu Foz Hotel e que contou com os presidentes das câmaras da Figueira da Foz (Pedro Santana Lopes), de Faro (Rogério Bacalhau), de Castelo de Vide (António Pita) e do vereador da Covilhã (José Miguel Oliveira), foram reveladas outras surpresas.
Como as que serão encontradas na jornada entre Castelo de Vide e a Covilhã, longa de 300 quilómetros, apesar da curta distância em linha reta entre as duas localidades.

Um ziguezaguear ibérico, com motivos de interesse de um e de outro lado da fronteira, do maior menir da Península Ibérica, na freguesia de Póvoa e Meadas, à curiosa barragem fronteira de Cedillo, que só abre durante os dias da semana e que estará especialmente franqueada para os participantes do Lés-a-Lés.
Regresso a Portugal por Segura, depois de atravessar a não menos interessante mas muito mais imponente Ponte de Alcântara, ativa da solidez dos seus 1900 anos!
Valverde del Fresno ou Navasfrias, são apenas dois exemplos de localidades a atravessar antes da visita, de novo no nosso País, à nascente do rio Côa, ao Sabugal, ao Museu do Queijo de Peraboa, ainda a tempo de provar as cerejas da Cova da Beira.
No terceiro dia, mais uma etapa longa, de 390 quilómetros, da Covilhã a Bragança, com regresso ao concelho de Miranda do Douro mais de duas décadas depois da última visita.
Depois da passagem em Almeida, Castelo Mendo ou Mogadouro, vislumbre do Douro Internacional nos miradouros de Freixiosa, S. João das Arribas e Penha das Torres, em jornada rematada pela passagem em mais pontes romanas e outros pontos de significado histórico, sempre com soberba envolvente paisagística.

Uma descrição que reforçou o entusiasmo para a edição 24 do Portugal de Lés-a-Lés, bem refletido nas centenas de inscrições efetuadas de imediato e que deverá fazer esgotar rapidamente as inscrições online (www.les-a-les.com) a partir de 21 de março.